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Como a qualidade do leite é controlada?

Por #bebamaisleite

Uma das dúvidas mais recorrentes que recebemos de nossos leitores, especialmente das mães, é sobre a qualidade do leite, e como a mesma é controlada.

Do ponto de vista de controle de qualidade, o leite e seus derivados estão entre os alimentos mais fiscalizados e avaliados, em função, principalmente, de seu papel na nutrição humana e de sua perecibilidade.

A presença de hormônios e antibióticos é proibida em todo e qualquer produto de origem animal, configurando crime sujeito às penalidades da legislação brasileira. Além disso, o leite não pode conter adulterantes, como água e outras substâncias, nocivas ou não, à saúde. 

Os testes utilizados para avaliar a qualidade do leite fluido são regulamentados por normas internacionais, com mínimas variações entre os países. São avaliados: composição nutricional, características físico-químicas, sabor, odor, contagem de bactérias e células somáticas, presença de resíduos químicos e contaminantes como antibióticos, pesticidas e outras drogas.

Os laboratórios de análises de leite são certificados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que fiscalizam seu funcionamento técnico e operacional. Mas, as análises não estão restritas aos laboratórios. Elas começam nas fazendas, no momento da coleta do leite. Se o mesmo não estiver dentro dos padrões exigidos, nem sairá da fazenda.

Outros testes são feitos no momento da chegada do caminhão ao laticínio. Caso haja algum problema com a carga, o leite não entra na plataforma de recebimento.

Dentro da indústria, existem fiscais federais que garantem a execução de todos os processos e análises dentro das normas e padrões estabelecidos pela legislação brasileira. Normas e padrões também são seguidos nos pontos de venda, para garantir a qualidade até o consumidor.

É claro que fraudes podem acontecer, como em toda a cadeia de produção de alimentos, mas vale lembrar que as mesmas só são descobertas e divulgadas porque existe uma fiscalização rigorosa.

Autor: Flávia Fontes, Médica Veterinária, DSc. Ciência Animal pela UFMG